Quando você olha para esta imagem, vê uma mulher jovem ou uma mulher velha? A resposta pode estar diretamente associada com a sua idade, constatou um estudo científico que se debruçou sobre essa conhecida ilusão ótica.
A imagem começou por ter visibilidade em 1888, em um postal alemão, tendo sido adaptada pelo cartunista britânico William Ely Hill, que a divulgou em uma revista humorística, em 1915, com a legenda “A minha mulher e a minha sogra”.
Agora, uma equipe de pesquisadores concluiu que a forma como você vê a imagem é afetada pela idade, conforme se refere no estudo publicado nos Scientific Reports.
A experiência teve a participação de 393 pessoas, com idades entre 18 e 68 anos, que foram confrontadas com a imagem por meio segundo. Os pesquisadores perguntaram se os voluntários viam um animal ou uma pessoa.
Os que viram uma pessoa, foram questionados sobre qual era o seu sexo. E os que responderam feminino, tiveram que fazer uma estimativa da idade da mulher da imagem.
A maioria das pessoas viu uma mulher jovem, mas a maioria dos participantes do estudo também era jovem. Apenas cinco dos participantes tinham mais de 60 anos de idade.
Quanto mais jovens os participantes, mais jovem era a mulher da ilusão, enquanto que os mais velhos tendiam a ver uma mulher mais velha, segundo referem os autores do estudo.
“Os participantes mais jovens estimaram a idade da mulher 6,3 anos mais jovem do que os participantes mais velhos”, apontam os pesquisadores, destacando que “a diferença na idade estimada aumentou para 12,1 quando os participantes mais novos de todos os participantes e os mais velhos foram selecionados”. “À medida que a idade do observador aumentava, a idade estimada da mulher também subia”, acrescentam.
Os resultados podem ser consequência do que os autores do estudo chamam de “um viés de grupo social da própria idade”. Dentro do mesmo grupo etário, os participantes têm uma tendência a processar faces de idade similar, notam os pesquisadores.
No estudo, admite-se ainda que os resultados podem refletir as práticas socioculturais das sociedades atuais, que tendem a ser menos inclusivas relativamente aos mais velhos.
Ciberia // ZAP