Em entrevista à Agência Brasil, o general Walter Braga Netto, interventor na segurança na segurança pública do Rio de Janeiro, afirmou que a medida vai mesmo até 31 de dezembro, sendo que, após este período e até junho de 2019, devem permanecer apenas cargos de gestão.
Intervenção no Rio
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À frente do Comando Militar do Leste, Braga Netto convive diretamente com o problema da violência urbana desde os Jogos Olímpícos de 2016, quando era o responsável pelo evento como representante do Exército. No entanto, o general não pensa ser necessária uma prorrogação da intervenção no estado.
“Não há necessidade de permanecer a intervenção. Nós estamos deixando esse planejamento pronto. Há necessidade de mantê-lo e não deixar depois a segurança pública ser contaminada novamente por indicações políticas. Segurança pública tem de ser técnica, tem de ser por meritocracia”, disse à Agência Brasil.
Braga Netto concedeu a entrevista após cerimônia de entrega de um novo lote de 265 viaturas para a Polícia Militar (PM). Equipar e treinar os policiais do estado é um dos legados que o interventor pretende deixar para sociedade. Assim como um modelo de gestão que inclui a valorização do policial e das corregedorias.
Ele é categórico ao dizer que a intervenção vai até 31 de dezembro, mas espera conversar com o futuro governador, caso este queira. “[A prorrogação é] completamente desnecessária. Se não, vocês vão ficar dependentes o resto da vida.”
Braga Netto garante ainda que o carioca e o fluminense irão ver “uma melhora palpável, cada vez mais, até o fim do ano”. Segundo ele, já há uma mudança de postura do policial.
“O policial tem de respeitar a população e a população tem de ver a polícia como uma autoridade. Hoje em dia, a palavra autoridade perdeu muito o conteúdo. O pessoal confunde autoridade com autoritarismo“, diz.
E completa: “O crime nunca vai acabar. O que vai acontecer é que este crime de ostentar fuzil nós vamos combater com firmeza.”
Ciberia // Agência Brasil