O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou neste domingo (19) o monopólio dos meios de comunicação no país, e voltou a defender sua regulamentação como proposta para o programa de governo a ser apresentado para as eleições presidenciais do ano que vem.
“Quem quiser ter um programa para querer governar este país daqui para a frente terá de encarar a regulamentação dos meios de comunicação. Certamente, a família Marinho deve pensar que eu estou defendendo a censura, mas eu não quero censura, quem tem que fazer censura é o leitor, o espectador, o ouvinte”, afirmou o ex-presidente ao participar do Congresso do PCdoB em Brasília.
“Eu não quero os meios de comunicação como a televisão cubana, eu quero como a TV alemã, a francesa, eu quero que tenha liberdade, que tenha direito de resposta, que a oposição possa se manifestar, as universidades, os estudantes, os sindicatos possam se manifestar. Não é essas famílias mandarem na comunicação do país inteiro”, completou.
A declaração de Lula ganha importância porque neste momento a emissora da família Marinho está no alvo de um furacão político.
A Globo foi citada em julgamento do escândalo de corrupção da Fifa em Nova York, entre seis empresas de comunicação que pagam propina pelos direitos de transmissão dos jogos. A emissora foi citada em depoimento de Alejandro Buzarco, que era executivo da companhia de marketing argentina Torneos y Competencias AS.
Em discurso de 40 minutos, o ex-presidente Lula manifestou apoio à pré-candidatura de Manuela D’Ávila ao Planalto pelo PCdoB, criticou o governo Temer e alertou sobre a necessidade de mais mobilização para enfrentar a agenda neoliberal do governo.
“Nós éramos contra o impeachment e ele aconteceu. Nós éramos contra a reforma trabalhista e ela aconteceu. Nós somos contra a reforma previdenciária e, se nós não tomarmos cuidado, ela vai acontecer”, afirmou.
Lula disse que o governo Temer se fundamenta em argumentos falsos para construir o discurso em defesa dessas reformas, que na verdade são retrocessos. Ele rebateu o argumento de que a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) estaria ultrapassada, porque foi aprovada no período do governo de Getúlio Vargas.
“85% da CLT já tinha sido mudada pela luta dos trabalhadores, e eles sempre disseram que era preciso desmontar a CLT”, declarou.
O pré-sal e seu aproveitamento por multinacionais também foi alvo de Lula. “A Petrobras não é uma indústria de petróleo, mas de alavancagem do desenvolvimento do país. O passaporte do futuro acabou, agora vai ser o passaporte do pesadelo”, disse ainda, para depois atacar diretamente o governo Temer.
“Eles não são políticos, eles são usurpadores, eles não tem compromisso com os brasileiros, têm compromisso com o mercado, querem destruir os bancos, é o desmonte da cidadania”, concluiu.
Ciberia // Brasil de Fato
Fala como se não fosse o mentor desta corrupção que ainda assolam nosso Brasil. Vejam quantos processos recaem sobre seus ombros devido ao péssima gestão governamental e a institucionalidade da corrupção sitemica.
Fala como se não tivesse tido a chance de tirar a hegemonia da Globo enquanto presidente, ao fechar com os japoneses ao invés doa europeus à época da TV digital. Fala como se as reformas nao estivessem na pauta da Dilma. Fala como se não fosse comparsa do Temer por anos. É um vendido, populista, incompetente e imundo!
Renato e Antonio, creio que erros ocorreram no governo Lula, mas há de convir que a expectativa na época do seu governo eram auvissareiras. O sistema politico existente obriga o mandante ter no congresso um espaço de negociação, isto carrega consequencias. Agora ficar defendendo, de forma dissimulada, o governo Temer é inaceitável, governo que está entregando as riquezas do Brasil.
Pensem e não apenas reproduzam, o discurso do mercado, cujo propulsor é a ganância, que não tem limite
Luiz Francisco
Seja coerente senhor Luiz Francisco, a partir do momento em que vc defende corruptos como Lula vc perde totalmente a razão, ou será que a corrupção só existe se o infalível Lula não estiver envolvido?? Cadeia pra Lula, Palocci, Zé Dirceu, Temer, Aécio, Cunha e todos mais que estão mergulhados neste mar de lama da corrupção no Brasil.