O ministro de Energia israelense, Yuval Steinitz, disse nesta quarta-feira (23) que a União Europeia (UE) “pode ir para o inferno” por solicitar uma investigação da suposta brutalidade policial contra manifestantes árabes-israelenses.
A UE condenou nesta terça (22) a violência da polícia em uma manifestação na cidade nortista de Haifa para protestar contra o excessivo uso da violência de Israel nos protestos na fronteira com Gaza das últimas semanas, e sugeriu ao governo israelense que investigue o ocorrido.
Steinitz garantiu em uma rádio local que pouco lhe importam as recomendações da “hipócrita” UE, que “está protegendo o Irã e o ajudará contra as sanções americanas”.
Semanas antes, em 9 de maio, Dia da Europa, o ministro elogiou os laços que unem o seu país à UE na residência do embaixador europeu em Israel, de acordo com o jornal Haaretz.
Mas nesta quarta Steinitz reclamou que a UE “persegue” Israel enquanto o Irã “executa, tortura homossexuais, viola os direitos das mulheres, apoia o terrorismo de [Bashar al] Assad, que lança armas químicas em sua gente“, informou ao mesmo jornal.
Jafar Farah, diretor da ONG Mosawa, Centro de Defesa para Cidadãos Árabes em Israel, foi um dos 21 ativistas detidos durante a manifestação de Haifa de sexta-feira, e acusou a polícia de ter quebrado seu joelho depois da detenção.
Steinitz disse que, antes do incidente, Farah já estava sendo investigado pelo Ministério de Justiça, e um porta-voz policial garantiu que o incidente “está sendo investigado”.
A UE e Israel mantêm uma longa relação de cooperação econômica e assinaram vários acordos de investimento com os 28 como um dos maiores parceiros comerciais de Israel.
Ciberia // EFE