Uma jovem de 24 anos foi morta a facadas pela vizinha, no sábado (13), em Santos, no litoral de São Paulo. Segundo informações de familiares, a autora do crime queria a vaga de emprego da vítima, Érica Oliveira da Silva, e há dias elas discutiam sobre o assunto. Além da jovem, a suspeita feriu outras duas irmãs da vítima. Até o momento, ninguém foi preso.
Érica conseguiu o emprego de assistente administrativa numa empresa de concreto no bairro Monte Cabrão, onde mora. Segundo a irmã da vítima, Rafaela Oliveira da Silva, há dias ela e a vizinha, identificada pela Polícia Civil como Angélica da Cruz, discutiam sobre o trabalho da irmã. “Ela estava desempregada e queria a vaga da minha irmã. Sempre que a Érica passava, elas se provocavam. Isso acontecia todos os dias”, explica ao G1.
Por volta das 20h de sábado, Érica, Rafaela e mais duas irmãs voltavam para casa quando Angélica as viu na rua e começou a provocar a vítima. “Eu não lembro o que foi que ela disse, mas sei que ela gritou algo e minha irmã começou a retrucar. Elas começaram um bate-boca e o pai, o irmão e o marido da agressora saíram para ajudar”, conta.
De acordo com Rafaela, durante a discussão, o pai de Angélica segurou Érica para que ela ficasse imóvel enquanto a filha esfaqueava a vítima. A faca foi entregue à suspeita pelo próprio marido que, segundo testemunhas, também teve participação no crime.
Rafaela foi a única das quatro irmãs que não teve ferimentos e, imediatamente, solicitou o socorro. “A ambulância demorou muito, decidimos não esperar e meus pais levaram elas para o Pronto Socorro de carro”, relembra.
Érica deu entrada no Pronto Atendimento Médico (PAM) da Rodoviária já sem vida. Débora Oliveira da Silva, de 32 anos, e Daniele Alves de Oliveira, de 27, foram transferidas para o Hospital Santo Amaro em estado grave.
Daniele passou por procedimento cirúrgico e se encontra na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com ferimentos no pulmão e intestino. Débora está em observação.
Segundo a polícia, logo após a briga, Angélica fugiu do local e não foi mais vista. Os familiares da suspeita foram até a Delegacia Sede de Santos prestar depoimento sobre o caso e, em seguida, foram liberados.
“O que queremos, agora, é justiça para todos eles, todos devem pagar. Ela não conseguiria matar a minha irmã e machucar as outras duas sozinha”, desabafa Rafaela.
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