O mergulhador britânico que participou da operação de regaste dos 12 jovens presos em uma caverna na Tailândia, em julho deste ano, está processando o CEO da Tesla, Elon Musk, por difamação.
Vernon Unsworth alega que Musk o acusou falsamente, através de uma publicação no Twitter, de ser um pedófilo. Na altura, o multimilionário se envolveu em uma acesa troca de insultos com o mergulhador, onde escreveu: “Desculpa, pedófilo.”
De acordo com o Guardian, o britânico instaurou um processo no tribunal federal de Los Angeles, nos Estados Unidos, no qual pede uma indenização de 75 mil dólares. Unsworth pediu também uma ordem judicial que impede Musk de fazer novas acusações.
A defesa do mergulhador britânico explicou que o objetivo do processo passa por “punir Musk pelas suas ações, evitando que volte a repetir o comportamento hediondo”. O mergulhador alega também que Musk “embarcou em uma campanha de relações públicas para destruir” sua reputação.
As acusações de Musk aconteceram pouco depois do regaste na caverna da Tailândia. O CEO da Tesla não teria gostado das críticas que Unsworth fez ao seu minissubmarino – projeto que desenvolveu como plano B ao resgate.
“Não existe forma de funcionar. Musk não fazia ideia de como era a passagem dentro da gruta. O submarino, penso eu, era um sólido com 1,6 metro de comprimento, pelo que seria incapaz de contornar qualquer obstáculo“, disse o mergulhador britânico.
Unsworth criticou o projeto, considerando que Musk tirava proveito da operação de resgate para fazer uma “campanha de marketing”. Em entrevista ao canal norte-americano CNN, o mergulhador foi ainda mais longe, sugerindo que Musk “enfiasse o submarino onde mais doesse“.
Em reação, Elon Musk acusou-o de ser um “pedófilo”, em um tuíte que mais tarde acabaria apagado.
No entanto, a polêmica não ficou por aqui. Há cerca de duas semanas, Musk disse achar “estranho” que mergulhador que chamou de “pedófilo” ainda não tivesse entrado com um processo.
O mergulhador britânico iniciou o processo no estado norte-americano da Califórnia, avançando também com outra ação judicial em Londres.
