A vida (como a conhecemos) no nosso planeta só é possível graças ao efeito protetor de seu campo magnético, que desvia a radiação solar. Mas esse campo de força poderia estar sendo reforçado pelas nossas próprias emissões de rádio.
Um estudo científico informa que as variações que ocorrem na magnetosfera têm se reduzido nas últimas décadas, coincidindo com o momento em que se passaram a fazer emissões de rádio em VLF – Very Low Frequency.
Os dados foram obtidos com a ajuda das duas sondas Van Allen que em 2012 foram lançadas pela NASA para explorar a mais inóspita região do Sistema Solar, e publicados na Space Science Reviews como parte de um estudo mais abrangente que investiga os efeitos da atividade humana nas condições atmosféricas.
Normalmente, diz o Popular Science, estes campos são comprimidos/expandidos em função da atividade solar, mas desde a década de 60 eles têm resistido à compressão, mesmo quando enfrentam tempestades solares mais severas.
Embora o estudo destaca que o fenômeno deve ser mais estudado e aprofundado, a explicação adiantada é que as emissões de rádio VLF fortalecem o campo que nos protege da radiação solar, dando certo alívio a todos os satélites, que assim podem contar com mais proteção – mesmo em situações que poderiam deixá-los em perigo.
Ainda este ano, a Força Aérea dos Estados Unidos planeja lançar o satélite DSX, que levará a bordo um emissor de VLF com o objetivo de verificar se o mesmo poderia proteger o satélite da radiação espacial.
Se a experiência for bem sucedida, poderemos ter dado mais um importante passo para permitir viagens de astronautas até outros planetas, já que a questão da sua exposição à radiação é um dos pontos críticos para as viagens de longa duração, fora do ambiente protetor da nossa magnetosfera.
// ZAP