A professora Odara Dèlé sentiu na pele os efeitos do racismo. Ao entrar na sala de aula, foi surpreendida com os seguintes dizeres na porta: “preta galinha”, acompanhado do desenho de uma suástica (símbolo do nazismo).
Chocada, a educadora registrou as ofensas racistas em vídeo e abriu um Boletim de Ocorrência por injúria racial. Odara é conhecida entre artistas e educadores por um trabalho sério na valorização da cultura negra e africana.
“O primeiro sentimento foi de incapacidade como educadora. Além disso, tenho trabalho já desenvolvido relacionado com a cultura africana, afro-brasileira, de rememorar sua importância, as contribuições da população negra na nossa sociedade. Mesmo assim, esses alunos demonstram que este trabalho feito não adiantou de nada”, disse.
Segundo o G1, três adolescentes foram apontados como autores das ofensas racistas e sexistas. Pelo menos, um deles assumiu responsabilidade. A Secretaria Estadual de Educação de São Paulo disse por meio de nota que repudia “qualquer ato de preconceito e discriminação”.
A professora está recebendo apoio da escola e os pais dos autores dos xingamentos racistas e machistas foram chamados para uma reunião. O fato aconteceu no início de outubro, no colégio estadual Rui Barbosa Conselheiro, no Tremembé, Zona Norte de São Paulo.
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