Um recente estudo norte-americano vem revelar que o sexto sentido está, afinal, presente nos nossos genes, embora algumas pessoas não o consigam “despertar”.
O sexto sentido é normalmente associado à intuição, a capacidade de “sentir” algo mesmo que não saibamos o que é ou porque sentimos.
Um recente estudo do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH) explica que o sexto sentido corresponde à propriocepção, ou cinestesia: a perceção ou sensibilidade da posição, posicionamento, deslocamento, equilíbrio, peso e distribuição do próprio corpo e das próprias partes, sem recorrer à visão.
Essa característica está, afinal, presente nos genes humanos, embora algumas pessoas não a consigam “despertar”.
Para o estudo, revela o LiveScience, os pesquisadores norte-americanos analisaram o gene PIEZO2 (já anteriormente associado a esta capacidade de perceber onde está o corpo no espaço) e a forma como atua nas proteínas mecânico-sensíveis que determinam a capacidade de sentir.
Para tal, recorreram a um grupo de pacientes com ou sem uma mutação rara nesse gene e com problemas articulares e/ou escoliose, que tiveram que realizar uma série de testes de equilíbrio e movimento, alguns deles com os olhos tapados.
Após esta fase de análise, a equipe de pesquisadores do NIH concluiu que as pessoas que possuem uma mutação no gene PIEZO2 são “cegas ao toque”, ou seja, “os seus neurônios não são capazes de detectar o toque ou movimentos dos membros”, explicou Alexander Chesler, um dos mentores do estudo publicado na semana passada no New England Journal of Medicine.
Para os pesquisadores, frisa o LiveScience, o gene em causa está relacionado com mutações musculo-esqueléticas, podendo, por isso, justificar o fato de as pessoas com a mutação não terem uma percepção real do corpo no espaço, mas conseguirem sentir dor, coceira e temperaturas.
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