O “super-homem” Wu Yongning, uma estrela na rede social chinesa Weibo, morreu ao cair do 62º andar de um edifício em Changsha, na China.
O jovem, com mais de um milhão de seguidores na Weibo, exibia seus vídeos de escaladas a arranha-céus na rede social chinesa. Wu não usava qualquer tipo de equipamento de segurança. Para a realização das escaladas, treinava artes marciais e planejava cada uma das suas aventuras nos menores detalhes.
No momento da queda, Wu participava de um desafio de rooftopping, a modalidade que praticava, que envolvia escalar prédios sem equipamento de proteção. Em um concurso promovido por uma empresa chinesa não identificada, o jovem poderia ganhar um prêmio equivalente à R$ 50 mil caso conseguisse alcançar o topo do prédio mais alto da cidade.
No vídeo divulgado, o “super-homem chinês” já está no topo do edifício e se prepara para se pendurar com as mãos, para conseguir tirar uma selfie tão incrível quanto perigosa. Wu chega a perceber que não existem apoios de segurança para os pés, mas, ainda assim, continua e, depois de realizar algumas flexões para se sustentar, acaba caindo.
O rooftopping não é necessariamente ilegal. Há muitas cidades que não têm leis próprias que restrinjam a atividade. O que acontece é que, muitas vezes, os praticantes acabam detidos por invasão de privacidade.
No entanto, há cada vez mais jovens aderindo à moda, que rende muitas visualizações, levando assim ao patrocínio de empresas esportivas.
Segundo o CanalTech, que divulga declarações de familiares, Wu teria sido motivado por questões econômicas. Com o dinheiro, pretendia ajudar a financiar o tratamento da mãe, que está doente, e seu casamento. No dia seguinte à vitória do concurso, pretendia pedir a mão da namorada.
Os fãs de Wu Yongning suspeitaram que tivesse ocorrido um acidente, pois o jovem não tinha publicado vídeos no mês passado. A morte ocorreu no dia 8 de novembro, mas a notícia só foi confirmada na mídia chinesa agora, em dezembro.
Esta semana, o governo chinês divulgou um comunicado nos jornais estatais sobre os perigos da prática do rooftopping, alertando os cidadãos e pedindo que não escalem os edifícios do país para tirarem selfies, como Wu.
O ministério da tecnologia também trabalha na produção de novas normas de vigilância para aplicativos de streaming ao vivo, usados pelos jovens fãs desta prática que, no entender do ministério, estariam os incentivando a procurarem atividades perigosas em busca de visualizações e seguidores.
Ciberia // ZAP