A Casa Branca quer entregar a gestão da parte norte-americana da Estação Espacial Internacional (EEI, ou ISS na sigla em inglês) a uma empresa privada.
A Administração Trump estuda a privatização da Estação Espacial Internacional, que é dirigida pela agência espacial americana (NASA) em articulação com as agências espaciais russa (Roscosmos) e europeia (ESA).
De acordo com o Washington Post, que avança com a notícia com base em documentos internos da agência espacial norte-americana, o objetivo é cortar o financiamento do estado americano a partir de 2024, através de um plano de transição para que a EEI seja gerida pelo setor privado.
“A decisão de acabar com o apoio federal direto à ISS em 2025 não implica que a plataforma não seja mantida em órbita – é possível que a indústria queira continuar operando certos elementos ou capacidades da ISS como parte de uma futura plataforma comercial”, lê-se em uma passagem citada pelo jornal.
A Estação Espacial Internacional (EEI), colocada em órbita terrestre baixa (a 350 quilômetros de altitude), é a maior e mais moderna estrutura já montada pelo homem no espaço. Ela serve de plataforma para missões e como laboratório para experiências espaciais, como explica o Expresso.
Para assegurar a transição, a Casa Branca irá pedir uma “análise do mercado e planos de desenvolvimento” ao setor privado. Já desde a presidência de George W. Bush que a NASA tem entregado determinadas operações a privados, como é o caso dos voos de abastecimento, que agora são da responsabilidade de empresas como a SpaceX.
Segundo o mesmo jornal, no projeto de Orçamento para 2018/2019, o governo Trump irá pedir 150 milhões de dólares, bem como mais dinheiro nos anos seguintes.
O dinheiro tem como destino “o desenvolvimento e a maturação de entidades comerciais e das suas capacidades”, de forma a “assegurar que os sucessores comerciais da ISS estarão operacionais quando for necessário”.
No entanto, a aposta em parcerias com privados está longe de ser consensual, já que o governo norte-americano já gastou cerca de 100 bilhões de dólares na EEI. Além disso, o quadro legal envolve vários países: EUA, Rússia, o parceiro europeu – através da Agência Espacial Europeia (ESA) – Japão e Canadá.
Ciberia // ZAP