Um terremoto? Extraterrestres? Não, apenas um meteoro a cruzar os céus

O tremor de terra que sentido no Michigan, nos EUA, na terça-feira (16) à noite não foi um terremoto como muitos pensaram. Nem tão pouco preparava o terreno para uma invasão extraterrestre, como alguns chegaram a suspeitar. Tratou-se simplesmente de um meteoro a cruzar os céus.

As vibrações causadas pelo “ruído em expansão” do meteoro que passou pelo norte dos EUA e sul do Canadá foram registradas pelos sismógrafos do Centro de Informação Nacional de Sismos dos EUA (NEIC).

As ondas de som do meteoro foram registradas como “um evento de magnitude 2” num sismógrafo localizado a cerca de 8 quilômetros de New Haven, no Michigan, conforme reporta o site Live Science, com base nas informações do NEIC.

As vibrações foram sentidas no Michigan e em Ohio, nos EUA, e em Ontário, no Canadá, e foram percebidas por muitas pessoas como um terremoto. Mas houve quem tenha chegado a temer uma invasão extraterrestre, como alguns internautas das redes sociais escreveram.

Pela Internet, há várias imagens que mostram a luz do meteoro e aquilo que parece uma explosão. “As pessoas o descreveram como um ruído explosivo, e foi isso que os sismógrafos detectaram”, explica no Live Science o geofísico do NEIC, John Bellini.

Este elemento também explica que não é anormal que os sismógrafos registrem vibrações que não são provocadas por terremotos. “Os instrumentos podem registrar agitações de tempestades, de construções pesadas e de caminhões na autoestrada”, nota Bellini.

Mas quanto a meteoros, o geofísico diz que os sismógrafos não estão preparados para “medirem vibrações que vêm do ar”. Assim, os 2.0 de magnitude registrados não correspondem à energia liberada pelo meteoro, pois “não há como traduzir para os sismógrafos a energia real de uma explosão no ar“, refere Bellini no Live Science.

A NASA anunciou que ainda estuda o fenômeno, revelando, através da página no Facebook NASA Meteor Watch, que se tratou de um “meteoro muito lento”, deslocando-se a mais de 65 km/hora.

“Este fato, combinado com o brilho do meteoro (o que sugere uma rocha espacial bastante grande) mostra que o objeto penetrou profundamente na atmosfera antes de se desfazer (o que produziu os sons ouvidos por muitos observadores”, explica ainda a NASA.

Agora, os especialistas da agência espacial norte-americana procuram “o campo de destroços”, onde poderia haver sinais do meteoro, como explica o diretor de astronomia do Instituto de Ciência Cranbrook em Bloomfield Hills, Michael Narlock, em declarações ao jornal The Detroit News.

“Ele explodiu e o objeto em si não se chocou com a Terra”, acrescenta Michael Narlock, destacando que ainda há “algum debate” quanto ao “caminho” que o meteoro seguiu.

Assim, encontrar seus vestígios será difícil, ainda mais em uma zona que está, atualmente, coberta de neve.

Um meteoro é uma pedra ou vestígios espaciais que entram na atmosfera da Terra. A luz que libera resulta da fricção do contato com a atmosfera. Os meteoritos são os destroços de um meteoro que caem na Terra.

Ciberia // ZAP

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