O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira (3) que o ataque de domingo em Las Vegas, com 59 mortos e mais de 500 feridos, foi obra de “um homem demente” e evitou falar do controle das armas de fogo no país.
Em breve declaração aos jornalistas antes de viajar a Porto Rico, Trump descreveu o agressor como “um homem doente”, “com um monte de problemas”, sem mencionar que foram achadas 23 armas de fogo no quarto do hotel de onde disparou contra os presentes em um festival de música country ao ar livre.
“Trata-se de um indivíduo muito doente”, concluiu Trump, evitando condenar ou simplesmente se referir à violência por armas de fogo, seguindo a linha das declarações feitas na segunda-feira (2).
O presidente preferiu se centrar em defender a atuação da polícia, uma mensagem frequente, e qualificou como “milagre” a “rápida” resposta ao incidente.
Stephen Paddock, um homem branco de 64 anos, abriu fogo no domingo durante a noite desde a janela de seu quarto no 32° andar do hotel Mandalay Bay contra uma multidão que acompanha um show ao ar livre, parte do festival de música country “Route 91 Harvest”.
Os agentes encontraram um total de 42 armas entre a casa de Mesquite, cerca de 130 quilômetros do local dos fatos, e o quarto do hotel onde Paddock estava hospedado.
No entanto, em sua declaração desta segunda-feira desde a Casa Branca, Trump se limitou a condenar os fatos como “ato de pura maldade”, sem mencionar em nenhum momento a palavra “arma”.
Em uma coletiva de imprensa pouco após esse comparecimento, a porta-voz presidencial, Sarah Sanders, disse que é “prematuro” falar de legislação para um maior controle de armas e opinou que esse debate pode acontecer mais adiante, ainda que Trump, lembrou, é “um férreo defensor” do direito a ter armas.
Numerosos legisladores democratas pediram na segunda-feira aos republicanos que deixem de bloquear as leis para o controle de armas após o ataque de Las Vegas.
Trump, que desde a campanha eleitoral de 2016 se alinhou com a postura da Associação Nacional do Rifle (NRA), contrária a um maior controle de armas, não fez nenhuma referência a esse tema nas suas diferentes declarações sobre o trágico fato, o pior ataque na história moderna dos EUA.
Ciberia // EFE