O presidente dos Estados Unidos criticou, nesta segunda-feira (26), os agentes policiais que estavam na escola Marjor Stoneman Douglas, em Parkland, e disse que, mesmo desarmado, teria corrido para dentro do colégio para enfrentar o atirador Nikolas Cruz.
“Creio realmente que eu teria ido até o colégio mesmo se não tivesse uma arma“, disse o presidente dos EUA durante o debate sobre a segurança nas escolas, que ocorreu na Casa Branca nesta segunda.
Trump criticou o segurança da escola, dizendo que a atitude dele foi “vergonhosa” por ter ficado longe do tiroteio. Ele acrescentou, ainda, que outras entidades fracassaram na ida imediata ao colégio no momento em que o tiroteio começou.
As autoridades locais “não tinham sido distinguidas com medalhas de honra”, já que “a maneira como agiram foi uma desgraça”.
Segundo o Observador, o presidente norte-americano reiterou que a única forma de parar os atiradores era “retribuir”. “Vocês não vão conseguir parar uma situação destas se forem simpáticos”, afirmou.
Além disso, Trump afirmou que, caso seja necessário, irá lutar contra o lobby das armas, o poderoso grupo que se opõe ao controle da venda de armas, a Associação Nacional da Espingarda (NRA, na sigla em inglês).
“Não se preocupem com a NRA. Eles estão do nosso lado. Metade de vocês tem medo da NRA. Não há nada para temer. E sabem o que mais? Se não estão conosco, vamos ter que lutar com eles de vez em quando. Isso não é mau. Estão fazendo o que consideram correto”, declarou o presidente.
Essa não é a primeira vez que a associação se opõe às propostas de Trump. A NRA já se opôs à proposta de aumentar de 18 para 21 anos a idade mínima para comprar uma espingarda semiautomática e a proibir os aceleradores de disparos, dispositivos colocados nas culatras das armas para transformá-las em semiautomáticas.
Donald Trump pediu ainda que se aumentasse o número de instituições psiquiátricas no país, para internar pessoas como o autor recente do tiroteio em Parkland.
Ciberia // ZAP