Na terça-feira (17), a Comissão de Meio Ambiente (CMA), que faz parte do Senado, aprovou um projeto importantíssimo, que prevê a retirada gradual do plástico descartável no Brasil.
De acordo com o projeto, em dez anos, o plástico presente em pratos, copos, bandejas e talheres descartáveis deverão ser substituídos por materiais biodegradáveis.
Isso acontecerá progressivamente, sendo que, assim que aprovada a lei, 20% do plástico deverá ser retirado em até 2 anos, a exigência aumentará para 50% em 4 anos, 80% em 8, e, finalmente, ele será totalmente substituído em uma década.
A autora do projeto, Rose de Freitas (PMDB-ES), afirma que a grande preocupação é o destino final do plástico descartado, que costuma ir para rios, mares e oceanos, o que compromete a vida marinha.
Estudos estimam que, até 2050 existirá mais plástico nos oceanos do que peixes, daí a importância de iniciativas como essa, que nos ensinam que, existem diversas alternativas mais sustentáveis do que o plástico.
Além do mais, a contaminação por microplásticos, que vem através da água tratada, acontece porque os sistemas convencionais de tratamento da água não estão sendo capazes de retirar esses micro-organismos, o que está comprometendo a saúde humana.
Qual é a alternativa? Diminuir consideravelmente a quantidade de plástico utilizada por nós consumidores.
O relator da proposta, senador José Medeiros (Pode-MT), ainda deixou clara outra questão a ser levada em conta, que são os danos causados pela extração do petróleo.
“Os impactos das refinarias vão desde as consequências dos estudos sísmicos na exploração, até o consumo de grandes quantidade de água e energia, liberação de diversos gases nocivos na atmosfera e até grandes vazamentos de petróleo”, explicou.
O plástico demora centenas de anos para se decompor na natureza. Uma garrafinha de água pode levar até 400 anos, o impacto disso na natureza é enorme, por isso, a importância de leis que incentivem as pessoas a transformarem seu modo de consumo e que estabeleçam como esta prática será implementada de acordo com cada país.
Na Inglaterra, França e Costa Rica o plástico descartável já foi proibido.
Ciberia // Razões para Acreditar
Ué ?!?!?!… Microplásticos agora tornaram-se microorganismos ???
Não entendi o título da matéria. Olhem só: se o senado aprovou um projeto que PROÍBE o plastico descartável no Brasil, então significa que NÃO poderemos usar o plastico descartável. E a descrição da matéria sugere exatamente o contrário.
Então o projeto é a favor, ou contra o uso de plástico descartável? não ficou claro, pelo menos para mim.
Olá, Carlos!
O título da matéria fala que o projeto prevê a proibição, não que proíbe.
No texto, é explicado que o plástico deverá ser substituído por material biodegradável gradualmente:
“Isso acontecerá progressivamente, sendo que, assim que aprovada a lei, 20% do plástico deverá ser retirado em até 2 anos, a exigência aumentará para 50% em 4 anos, 80% em 8, e, finalmente, ele será totalmente substituído em uma década.”
Ou seja, em uma década, não deverá existir plástico (derivado do petróleo) no Brasil, apenas materiais biodegradáveis.