Um motorista de uma funerária salvou um bebê que nasceu prematuro e foi dado como morto no hospital. Depois que levou a criança para o IML de Osasco, na Grande São Paulo, onde passaria por uma autópsia, o motorista percebeu que a recém-nascida estava viva.
O homem que atendeu ao chamado para retirar o corpo e salvou a criança se chama Claudio Silva, de 37 anos. Ele conta que quando pegou o bebê no hospital para colocar na urna de transporte, o corpo estava imóvel e com coloração roxa. Mas quando chegou no IML, Silva percebeu que o bebê estava vivo.
“Quando a tirei da urna para pôr na mesa [do IML], percebi que a cor tinha mudado e ela estava se mexendo. Ela tinha voltado a respirar. Comecei a gritar, um funcionário do IML chamou um médico, que confirmou que a menina estava respirando. Ele disse para voltar para o hospital o mais rápido possível”, contou Claudio Silva em entrevista ao R7.
Ele imediatamente retornou ao Alpha Med com o bebê e na sequência registrou um boletim de ocorrência no 1º DP de Carapicuíba. “Estou com a perna tremendo até agora. Faz só três meses que estou nesse emprego. O funcionário do IML disse que em 30 anos de serviço nunca tinha visto isso”, diz Silva emocionado.
O caso
Na segunda-feira (12), Ana Caroline da Silva, de 18 anos, deu à luz com 25 semanas, o equivalente a seis meses de gestação.
A recém-nascida nasceu com 700 gramas e foi registrada no Hospital Alpha Med, em Carapicuíba, como natimorto, classificação de bebês que já saem sem vida do útero da mãe. A família chegou a ser informada sobre a morte da criança, documentada em certidão de óbito.
O Hospital Alpha Med abriu sindicância interna para apurar o caso. Em nota, a unidade informou ainda que o estado de saúde da pequena é grave. Ela permanece internada na UTI Neonatal em função da “prematuridade extrema”. O hospital informou também declarou que dá “toda a assistência e apoio à família do bebê, que está sob os melhores cuidados médicos e assistenciais”.
O caso foi registrado no 1º Distrito Policial de Carapicuíba. O delegado responsável, Pedro Buk, quer saber se houve negligência médica. “Em cima do que levantamos, os legistas vão dizer se houve negligência, se teve erro médico, se os procedimentos médicos [no hospital] foram corretos, se poderiam ter agido de outra forma”, explicou o delegado.
Buk ressalta que a família não estranhou o atendimento médico nem questionou a morte, em princípio, já que a criança nasceu prematura. “Houve a reclamação depois que se constatou que estava tudo errado. Ficou todo mundo chocado. É escandaloso, mas não cabe a nós dizer [se houve erro]”, disse ao Diário Popular.
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