O presumível autor do ataque junto ao maior terminal rodoviário de Manhattan ficou gravemente ferido e foi detido. As autoridades afirmam que foi uma tentativa de ataque terrorista fracassada.
O ataque ocorreu em um túnel na estação de Port Authority, no centro de Manhattan, em plena hora de pico, quando um homem explodiu um artefato que levava amarrado ao corpo. A detonação do engenho explosivo fez, esta segunda-feira, quatro feridos. O suspeito foi detido.
As primeiras investigações levam à conclusão de que a bomba explodiu antes do previsto. O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, e o governador, Andrew Cuomo, ambos do Partido Democrata, afirmam que foi a ação rápida e eficaz da polícia norte-americana que evitaram uma tragédia maior.
Segundo a RFI, a “tentativa de ataque terrorista”, como classificou Bill de Blasio, foi realizada por Aayed Ullah, de 27 anos, que teria agido sozinho. O suspeito está internado no Hospital de Bellevue em estado grave.
O presidente Donald Trump se ronunciou, em nota oficial, seis horas após o ataque. A Casa Branca afirma que o incidente reforça a necessidade de uma reforma mais rigorosa do sistema de imigração dos Estados Unidos.
Sarah Sanders, porta-voz da Casa Branca, diz que é preciso “proteger as nossas fronteiras. Temos que garantir que os indivíduos a entrarem no nosso país não vêm para causar danos às nossas pessoas. E temos de passar para um sistema de imigração baseado no mérito”.
À Reuters, uma fonte governamental disse que Ullah chegou aos Estados Unidos há sete anos. O suspeito teria conseguido obter o visto de entrada devido à presença de familiares em território norte-americano.
Motivações do suspeito
O JN avança que vários meios de comunicação, citados pela agência France Press, afirmam que o suspeito teria dito à polícia que atuou inspirado pelo Estado Islâmico, referindo que a escolha do local está relacionada com os ataques que ocorreram na Alemanha, devido ao Natal.
De acordo com as autoridades norte-americanas, Ullah culpa as ações israelenses em Gaza como um dos motivos para a sua tentativa de ataque terrorista. Os ataques aéreos ocorreram após Hamas ter disparado mísseis e ter convocado uma rebelião no mundo islâmico contra a decisão de Washington reconhecer Jerusalém como a capital de Israel.
Sobre o Oriente Médio, a porta-voz da Casa Branca referiu que “estamos decididos a continuar exercendo a nossa liderança no processo de paz na região e lamentamos se a Autoridade Palestina se retirar da mesa de negociações”.
Ciberia // ZP