Grupo de cientistas analisou mais de 500 milhões de sequências de DNA retiradas do lago Ness. Os resultados da análise refutaram a maioria das hipóteses antes consideradas.
Durante mais de um milênio, o misterioso monstro do lago Ness tem fascinado muitas pessoas. Agora uma equipe de pesquisadores estudou o caso usando métodos genéticos.
A lenda de um monstro vivendo naquelas águas escocesas remonta a 565 d.C., quando surgiram os primeiros relatos a respeito de uma criatura misteriosa no rio Ness, não no lago. A lenda começou a ganhar repercussão a partir de 1933, após supostas aparições no lago.
Se, por um lado, isso trouxe medo a alguns, por outro o mito estimulou a economia local com a presença de turistas do mundo inteiro. No entanto, nunca o animal foi capturado nem sua existência comprovada.
Para solucionar o mistério, um grupo de cientistas encabeçados pelo professor geneticista Neil Gemmel, da Universidade de Otago, Nova Zelândia, analisou um total de 500 milhões de sequências de DNA. O material genético foi obtido em 250 amostras de água do fundo do lago.
Durante o árduo trabalho, os cientistas refutaram algumas das teorias mais famosas sobre o suposto monstro. O grupo de Gemmel rejeitou a ideia de que possa existir um réptil jurássico no lago, assim como não encontrou nenhum rastro de DNA de peixes-gato ou tubarões. Sendo assim, restou somente uma explicação plausível.
“Há uma grande quantidade de DNA de enguias. Existem muitas enguias no Lago Ness. Nossos estudos não puderam determinar seu tamanho, no entanto a grande quantidade de DNA de enguia não descarta a possibilidade de haver enguias gigantes no lago”, publicou as palavras de Gemmel o Independent.
Em vídeo divulgado pela organização Ness Fishery Board em uma rede social, é possível ver uma enguia no lago.
Sejamos honestos: quando você vê um grande animal em forma de enguia passando na tua câmera no rio Ness, a primeira coisa que vem na cabeça é o monstro do lago Ness.
O pesquisador também disse que mergulhadores já relataram ter visto enguias da grossura da perna de um homem no lago. Além disso, como especialista em genética, Gemmel diz ser provável que uma ou duas enguias tenham alcançado quatro metros de comprimento.
Embora os estudos de Gemmel não determinem com precisão a natureza da criatura avistada, isso não significa que não possa haver um “monstro” no lago. Como disse o investigador, “a ausência de evidência não é necessariamente evidência de ausência”.
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