A distração de uma professora que se esqueceu de apagar uma luz ultravioleta em uma escola de Tianjin, perto de Pequim, causou ferimentos e queimaduras em mais de 40 crianças, informou nesta sexta-feira a imprensa local.
Os menores apresentavam vários sintomas de gravidade, entre eles vômitos e sangramento nos olhos, assim como queimaduras nos seus rostos e pescoços.
O incidente ocorreu na segunda-feira passada em um colégio de educação primária de Tianjin, quando uma professora esqueceu de apagar uma lâmpada desinfetante ultravioleta em uma sala de aula. A luz teria estado acesa desde a primeira hora da manhã até que outra professora se deu conta do erro na parte da tarde, nove horas depois.
Depois de se dar conta, vários pais pediram explicações ao diretor da escola, que lhes pediu para mandar as crianças ao hospital. “A escola tentou se desviar de toda responsabilidade. Disseram que a professora que acendeu a luz nem sequer estava envolvida”, afirmou a meios de comunicação locais o pai de um dos menores.
“Além do seguro de acidentes, a escola não nos deu nada, nenhuma declaração oficial, só nos disseram que um professor se esqueceu de apagar a luz“, acrescentou outro dos pais. Das 48 crianças que estiveram expostas à luz, 36 tiveram que receber tratamento médico de urgência.
Pelas redes sociais circularam imagens de menores caídos na cama com vendas nos olhos, assim como um pequeno vídeo de vários pais discutindo com o pessoal da escola, que já afirmou que se tratou de um acidente.
Os departamentos de educação, saúde e a polícia de Tianjin iniciaram uma investigação conjunta para esclarecer o incidente.
Outro acidente similar aconteceu em setembro deste ano em uma escola de ensino médio em Xiangshui, na província de Jiangsu, quando vários estudantes foram expostos a luz ultravioleta durante um dia inteiro, o que também derivou em queimaduras, dor nos olhos e náuseas.
Depois de consultar vários especialistas, o Departamento de Educação de Xianghsui terminou por atribuir os sintomas às condições “meteorológicas secas” do momento.
// EFE