O escritor e cientista Emílio Figueira já publicou mais de 70 livros. Uma quantidade impressionante de livros, ainda mais para alguém que tem paralisia cerebral, causada por uma asfixia durante o parto.
Existem muitos mitos sobre a paralisia cerebral. Um deles, talvez o mais difundido, é o déficit de habilidades intelectuais. Quer dizer, nem toda pessoa com paralisia cerebral tem deficiência intelectual. É o caso de Emílio, que publicou mais livros do que a maioria das pessoas sem essa condição.
Emílio publicou seu primeiro livro – um compilado de 56 poesias românticas – quando tinha 16 anos. De lá para cá, apesar de suas limitações motoras, ele escreveu 150 livros, porém nem todos foram publicados. O escritor publicou “apenas” 74 livros e queimou 40, por considerá-los apenas um exercício de estilo e ritmo de escrita.
Como dramaturgo, ele escreve peças para o teatro, roteiros para cinema e televisão. Sempre muito curioso, inquieto, apaixonado por coisas novas, Emílio frequenta cursos e oficinas de artes plásticas, música, história da arte, além de pintar quadros e colecionar prêmios.
É mais fácil de entender essa obra vasta espiando a formação que Emílio ostenta. Ele possui graduações em Jornalismo, Psicologia e Teologia, mais dois doutorados e outros cursos de pós-graduação.
Emílio é professor e conferencista de pós-graduação em temas que atravessam a Psicologia e a Educação Inclusiva, oferecendo treinamentos online para professores. O cientista ajudou a formar 22 mil professores no Brasil e no exterior, a maioria deles das regiões Norte e Nordeste do país.
“Gosto de fazer pirraça para os meus pensamentos limitantes. Sempre que dizem que não sou capaz de fazer algo, vou lá e faço, mesmo que não seja exatamente como as demais pessoas, mas faço do meu jeito”, contou Emílio com o sorriso de alguém que ainda tem muitos objetivos a alcançar.
Emílio narra a sua história no livro Confissões de Um Bom Malandro, que tem distribuição gratuita na versão digital, aqui.
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