O novo programa, chamado de Data Abuse Bounty, irá recompensar quem denunciar o uso indevido de dados pessoais por aplicativos de terceiros.
“Recompensaremos com base no impacto de cada relatório”, divulga a empresa, acrescentando que irá analisar “todos os relatórios legítimos” e responder “o mais rápido possível”.
Caso o abuso de dados seja confirmado, “encerraremos o aplicativo ofensivo e tomaremos medidas legais contra a empresa que está vendendo ou comprando dados, se necessário. Pagaremos à pessoa que relatou o problema e também alertaremos aqueles que acreditamos que serão afetados”, afirma.
A medida foi anunciada no mesmo dia em que Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, foi ouvido no congresso dos Estados Unidos sobre o caso que envolve a obtenção de dados de utilizadores pela consultora Cambridge Analytica, revela a rádio Renascença.
Na quarta-feira (11), Zuckerberg prestou esclarecimentos na comissão de Comércio e de Energia da Câmara dos Representantes, a câmara baixa do Congresso dos EUA.
Em resposta à pergunta da democrata Anna Eshoo “os dados foram vendidos a terceiros de má-fé?”, o fundador do Facebook respondeu prontamente que “sim”. “Minha informação pessoal também foi vendida a entidades insidiosas“.
Segundo a TSF, Zukerberg refutou, por outro lado, as insinuações de que os utilizadores da rede social não têm controle suficiente sobre seus dados. “Cada vez que alguém escolhe compartilhar alguma coisa no Facebook, há um controle. Aí mesmo. Não enterrado em algum lugar nas definições, mas ali mesmo”, argumentou.
O norte-americano admitiu que “uma certa forma de regulamentação” da internet e das redes sociais é “inevitável”, embora defenda que não deve prejudicar as pequenas empresas do setor.
Ainda segundo a TSF, o congressista Bob Rush acusou o Facebook de se assemelhar a uma operação de vigilância, ao que Zuckerberg respondeu que nunca viu “uma organização de vigilância que deixa as pessoas irem embora“.
Ciberia // ZAP