O observatório orbital Hubble recebeu novas fotos de Netuno e Urano em que se podem ver novas manchas misteriosas na atmosfera do segundo maior gigante gasoso e um furacão enorme no polo norte do sétimo planeta.
O “traço marcante” de Júpiter é uma grande mancha vermelha — um furacão com um diâmetro de várias centenas de quilômetros e a velocidade de cerca de 430 km/h. Por muito tempo este era considerado um traço único do maior gigante gasoso do Sistema Solar.
No entanto, desde os anos 1980, os cientistas começaram a duvidar desse fato e, em 1994, as imagens do telescópio Hubble mostraram que furacões parecidos podem surgir também em Netuno.
Dois anos atrás, o Hubble captou fotos mais detalhadas de Netuno que confirmaram a existência em sua atmosfera de turbilhões de duração relativamente curta (alguns meses) em comparação com as estruturas seculares de Júpiter. Essa descoberta atraiu a atenção da comunidade científica para o oitavo planeta do Sistema Solar e levou à investigação do fenômeno.
As novas imagens do Hubble obtidas em setembro no âmbito do programa OPAL indicaram para o surgimento de mais uma grande mancha em Netuno, localizada nas latitudes polares do hemisfério norte do planeta e cercada pelas caraterísticas nuvens brancas, o que prova mudanças bruscas de temperaturas nos seus arredores e fluxos rápidos de ar.
Segundo os astrônomos da NASA, dentro dessa mancha poderia caber a Terra, já que o diâmetro do furacão se aproxima de 11 mil quilômetros. Os cientistas ainda não sabem como surgem tais estruturas e como se extinguem.
Mais um furacão foi detectado pelo Hubble no polo norte de Urano, com um tamanho ainda maior. Os cientistas supõem que ele se formou porque o sétimo planeta do Sistema Solar gira “de lado” e os seus polos ora estão voltados diretamente para o Sol, ora ficam completamente escondidos. Essa caraterística causa mudanças bruscas de temperaturas, bem como tempestades e nuvens.
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