A Academia de Hollywood abriu uma investigação sobre seu próprio presidente, John Bailey, depois de receber na quarta-feira passada três acusações de assédio sexual, informou nesta sexta-feira o site da revista “Variety”.
Segundo o site da revista “The Hollywood Reporter”, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA recebeu na quarta-feira três queixas de assédio sexual contra John Bailey e abriu imediatamente um inquérito. O secretário da Academia, David Rubin, se encontra à frente de uma subcomissão que está revisando as acusações.
“O Comité de Membros analisa todas as queixas feitas contra membros da Academia de acordo com o Código de Conduta e, depois de concluir as avaliações, reporta ao Conselho de Governadores. Não iremos fazer mais comentários até a investigação estar concluída”, refere a Academia.
Bailey, que tem 75 anos e é diretor de fotografia de profissão, foi eleito presidente da Academia de Hollywood no último dia 8 de agosto e sucedeu Cheryl Boone Isaacs no cargo. Entre os créditos cinematográficos de John Bailey, de 75 anos, estão filmes como “American Gigolo”, “Os Amigos de Alex”, “O Feitiço do Tempo” ou “Melhor é Impossível”.
Por conta dos vários escândalos sexuais revelados atualmente em Hollywood e que impulsionaram os movimentos “Me Too” e “Time’s Up“, a Academia decidiu em outubro do ano passado pela expulsão da instituição de Harvey Weinstein, o poderoso produtor cinematográfico que foi acusado de agressão sexual por dezenas de mulheres.
Além disso, a Academia, que organiza o Oscar anualmente, adotou em janeiro um novo código de conduta sobre o assédio sexual e os comportamentos inadequados no local de trabalho.
A trajetória de John Bailey como diretor de fotografia inclui, entre outros, os filmes “Gente como a gente” (1980), “Feitiço do Tempo” (1993) e “Melhor É Impossível” (1997).