“A língua mais difícil do mundo é sem dúvida o pirarrã”, diz Rolf Theil, professor de linguística da Universidade de Oslo.
Entre os milhares de línguas faladas no planeta, Rolf Theil escolheu esta língua falada por cerca de 350 nativos na região do rio Maici, na Amazônia brasileira.
O pirarrã é uma língua cuja pronúncia é muito especial, um dialeto que não tem números e onde a entonação é muito importante. Por exemplo, as palavras “amigo” e “inimigo” são os mesmos, mas a entonação difere.
Segundo o linguista britânico Daniel Everett, investigador da Bentley University, em Massachusetts, nos Estados Unidos, o pirarrã não tem palavras para números específicos – apenas usa como quantidades as palavras “poucos”, “alguns” e “muitos”.
A língua pode ser falada, cantada e até mesmo assobiada. Na verdade, o pirarrã é baseado em um conjunto de sons baixos transmitidos através de distâncias consideráveis.
Isso permite aos nativos orientarem-se de uma melhor maneira em toda a selva e torna-se uma vantagem considerável para se comunicar sob as chuvas torrenciais da Amazônia.
Este idioma difícil só usa verbos nos tempos do passado e futuro, mas estes podem conjugar-se de até 65.000 maneiras diferentes.
Além disso, não tem substantivos no singular ou plural. O contexto da frase dirá se se fala de uma coisa ou de várias, explica o investigador ao Science Nordic.
O pirarrã tem apenas três vogais e oito consoantes, mas muitos sons específicos adquirem o significado de palavras inteiras. A transliteração pode ser detectada muitas vezes intuitivamente mas, se não se conhecer algumas regras do dialeto, será impossível transmitir uma ideia.
Especialistas descobriram alguma semelhança entre palavras em pirarrã e em inglês e português. No entanto, muitas dessas palavras têm um significado diferente, o que dificulta ainda mais a sua aprendizagem.
Além disso, segundo Daniel Everett, a gramática pirarrã não contém um conceito básico da gramática universal: a possibilidade de recursividade, ou seja, inserir frases dentro de outras frases indefinidamente como no exemplo “João disse que Maria disse que Pedro disse que Joana comprou uma casa”.
Os especialistas acreditam que, devido à sua complexidade, aprender esta língua levaria cerca de 10 anos para uma pessoa com uma memória média – o que talvez explique porque Rolf Theil escolheu o pirarrã como a língua mais difícil do mundo.
// Sputnik News
Mais me parece um estudo inútil. Um dialeto falado por tão poucos, não há como ser reconhecido como um idioma, propriamente dito. Qual a fonte de estudo que o conduziu a essa conclusão?!. Trata-se de índios nativos com uma comunicação primitiva, pelo que entendi não tem registro algum, deve ter sido baseado em entrevistas com nativos analfabetos – do ponto de vista do branco. O mais impressionante é como a notícia foi divulgada: como se fosse um grande feito (de brasileiros) um estrangeiro considerar um dialeto indígena, falado por cerca de 350 pessoas apenas, o “idioma” mais difícil do mundo. Mesmo que seja considerado um idioma, sua inacessibilidade me levaria a classifica-la como retrógrada, na medida em que dificulta o seu domínio e consequentemente o seu uso.
Geraldo, seu comentário é ridículo. Você realmente não entende da importância da pesquisa realizada.
E vc quem é? Não quis ofender ninguém, mas se sentiu ofendido e se deu ao trabalho de replicar, tenha a decência de embasar sua opinião. Já que sabe tanto a respeito, me responda: esse idioma dificílimo pode ser escrito? Qual a função da linguagem? Há vários meios de se atingir um objetivo, um estudo inteligente nos conduz ao caminho mais fácil, aquele que faz uso do meio mais difícil não seria de pouca evolução? Devemos nos orgulhar disso?
Geraldo, seu comentário é realmente ridículo. Ao que parece você é um cara que quer esnobar opinião e na verdade não entendeu o objetivo da pesquisa e da intenção de preservar algo que é importante, pelo menos a um grupo pequeno que tem sua cultura e seu idioma próprio, que de alguma forma pode contribuir com uma sociedade tão egoísta e orgulhosa tipo você. Aliás, eu não estou nem aí com o seu comentário inoportuno, acho que você deveria ter se poupado em criticar algo que é importante para outros. Ô cara chato! E eu aqui perdendo meu tempo.