As autoridades norte-americanas estudaram a possibilidade de realizar uma sabotagem agrícola contra Cuba para destruir as colheitas do país através de armas biológicas, informou um dos documentos desclassificados em 27 de outubro.
Os dados sobre os planos obscuros contra Havana se encontram em um documento sobre a reunião de um grupo especial dedicado à chamada Operação Mangusto. O encontro ocorreu em 6 de setembro de 1962.
O general Marshall Carter, na altura diretor da CIA, que participou da reunião, sugeriu usar “agentes biológicos disfarçados de substâncias de origem natural” para destruir as colheitas cubanas.
“O general Carter sublinhou a vulnerabilidade extrema de qualquer operação desse tipo e as consequências terríveis que ela poderia ter se algo corresse mal, especialmente se aparecesse alguma prova evidente do envolvimento dos EUA”, lê-se no documento.
McGeorge Bundy, o assessor de segurança de Kennedy, advertiu por sua vez que não era adequado usar substâncias químicas ou similares se não fosse possível esconder todas as provas de sua utilização.
O documento também contém uma proposta de discutir um plano de “ataque contra os funcionários soviéticos que se encontram no território de Cuba“. Mas nos documentos revelados não há mais detalhes ou explicações sobre este tema.
O atual presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou a retenção pública temporária, até 26 de abril de 2018, de 2.891 documentos secretos relacionados ao assassinato do presidente John Kennedy, em 1963, que ocorreu no auge da Guerra Fria.
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