Caso o vulcão Kilauea, no estado norte-americano do Havaí, pedisse desculpas por todo o caos e destruição causados, isso poderia chegar em forma de um belo mineral verde – a olivina.
Nos últimos meses, o vulcão tem sido notícia pelos seus devastadores fluxos de lava e impressionantes chamas azuis, capazes de destruir ossos. Agora, o vulcão está “cuspindo” pedras preciosas – um evento raro que tem deixado os geólogos fascinados.
A olivina é um mineral incrivelmente comum, quimicamente falando, composto por silicatos de magnésio e ferro. Carregado para a superfície em pontos de acesso vulcânicos, o mineral acaba por manchar rochas ígneas de cor escura – como o basalto – em tons de verde musgo.
No entanto, encontrar estes minerais na forma de pedaços discretos, que os joalheiros reconheceriam como uma pedra preciosa chamada peridoto, é incrivelmente raro. A olivina tende em se transformar rapidamente em minúsculos grãos de areia.
Neste momento, os habitantes do Havaí não estão tendo esse problema. Foram encontrados cristais de tamanho considerável no meio de rochas e cinzas de erupções recentes e em fluxos de lava.
Aparentemente, a violência das recentes erupções espalhou o magma para o ar, onde as altas temperaturas de cristalização dos silicatos do ferro e do magnésio permitiram que se transformassem rapidamente em pedras de olivina antes de atingir o solo. No ar, vai a rocha derretida quente e, no solo, cai uma chuva de peridoto.
Recolher uma grande quantidade destas pedras verdes não nós fará enriquecer, pois não se trata exatamente de joias caras – mas são, certamente, bonitas.
Ciberia // ZAP