A polícia alemã localizou e prendeu nesta segunda-feira (7) Ursula Haverbeck, membro do negacionismo alemão (que nega a verdade dos fatos), de 88 anos de idade, conhecida como a “vovó nazista”.
Segundo a agência AFP, a famosa “vovó nazista”, Ursula Haverbeck, foi presa nesta segunda depois depois de não se ter apresentado para cumprir a pena de prisão de 2 anos a que tinha sido sentenciada.
“A condenada não compareceu, no fim do prazo legal, para iniciar sua pena de prisão, pelo que o gabinete do procurador de Verden emitiu um mandado de captura no dia 4 de maio”, adiantou a procuradoria em comunicado antes do anúncio da prisão.
Segundo a agência de notícias DPA, a idosa foi localizada nesta segunda na sua residência em Vlotho, tendo sido detida e levada imediatamente para a prisão. Haverbeck, condenada oito vezes por declarações negacionistas, deverá cumprir uma pena total de dois anos de prisão. Ela deveria ter se apresentado para ser presa no dia 23 de abril.
A última sentença Haverbeck, de seis meses de prisão, foi anunciada em outubro passado, após ela ter sido punida por ter declarado, em janeiro de 2016, que “o genocídio de judeus pelos nazistas não existiu” e que “nunca houve câmaras de gás em Auschwitz“.
Ursula Haverbeck também foi condenada em 2015 por ter declarado que “o Holocausto foi a maior mentira da história“. No seu site oficial, ela se apresenta como “representante do revisionismo histórico” e se orgulha de ser uma “intrépida combatente pela verdade”.
A “vovó nazista” foi casada com Werner Georg Haverbeck, militante de extrema-direita que morreu em 1999, com o qual teria fundado um estabelecimento de ensino conhecido como um “covil de negacionistas”, banido em 2008.
Oficialmente, cerca de 1,1 milhão de pessoas, entre os quais 1 milhão de judeus, morreram entre 1940 e 1945 no campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. No total, 6 milhões de judeus foram exterminados pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
Ciberia // ZAP