Cientistas encontraram no golfo do México, perto do litoral da Flórida, uma nova espécie de tubarão de olhos grandes, uma criatura peculiar que parece ter saído de um desenho animado.
As espécies recém-identificadas, Squalus clarkae, ganharam esse nome em homenagem à bióloga marinha Eugenie Clark, conhecida como a Dama dos Tubarões. Apesar de o nome “tubarão” fazer ressoar o sinal de alarme, esses animais são relativamente pequenos, medindo normalmente entre 50 e 70 centímetros de comprimento.
A mais recente espécie foi previamente classificada como Squalus mitsukurii, uma espécie de peixe com esqueleto cartilaginoso nativa do Japão. No entanto, testes genéticos e uma análise mais detalhada das características físicas revelaram que S. clarkae é diferente do seu parente japonês.
Mas esses animais são um verdadeiro mistério. Os cientistas ressaltaram que as 20 espécies de tubarões pertencentes ao gênero Squalus, representam um grande enigma, e precisam não só de ser estudadas, como também de ser protegidas.
Os especialistas temem que a população de tubarões esteja ameaçada pela pescaria comercial de mar profundo, que capturam os tubarões acidentalmente, como capturas acessórias.
Assim, “a pesquisa se torna essencial para a conservação dos tubarões”, disse a cientista marinha Mariah Pfleger e principal autora do artigo científico, publicado no Biotaxa. “O primeiro passo para conservar com sucesso essas espécies que vivem em águas mais profundas é descobrir o que está lá em baixo em primeiro lugar.”
Eugenie Clark faleceu em 2015, aos 92 anos de idade. A Dama dos Tubarões iniciou sua carreira no final da década de 1940, tendo sido uma das primeiras biólogas marinhas do sexo feminino e uma das primeiras pessoas a estudar tubarões.
Em 1955, Clark fundou o Cape Haze Marine Laboratory, um laboratório com apenas uma sala que se tornou internacionalmente reconhecido como Mote Marine Laboratory, em 1967.
Ciberia // ZAP