O governo da Argentina foi alvo de um ataque por meio de um ransonware e está com cerca de 10 anos de dados públicos sequestrados desde do dia 25 de novembro.
Em entrevista, a ministra da Ciência e Tecnologia, Alicia Buñuelos, contou que, em 2 de dezembro, já havia recuperado 90% do total. Contudo, perto de 350 GB de documentos relativos a 2019 ainda estavam perdidos.
Ao todo, o grupo de especialistas estava trabalhando em um processo de 40 horas na tentativa de reaver os dados. O ataque aconteceu em um banco com 7.700 GB de arquivos com questões administrativas. Isso corresponde a perto de 10 anos de documentação.
“Estamos trabalhando duro, mas decriptar todos os arquivos demorará, pelo menos, 15 dias, principalmente por conta do tamanho deles”, apontou a ministra.
O governo argentino se tornou mais um alvo um malware chamado Ryuk, voltados para ataques de ransonware. Nesta modalidade de golpe, um hacker mal-intencionado invade um servidor e encripta todos os arquivos, retirando o acesso do usuário original. Assim, cobra pelo “resgate” das informações.
No caso argentino, os pedidos foram entre 0.5 e 50 bitcoins, o equivalente a algo entre R$ 150 mil e R$ 1,5 milhão.
“Pagar essa gente é praticamente dar dinheiro para que continuem desenvolvendo ferramentas para seguir atacando. Algumas empresas resolveram pagar, outras não se deram bem pagando e estamos aqui pensando em uma solução de outro tipo”, afirmou Buñuelos em entrevista.
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