O Facebook falhou e permitiu que uma página falsa angariasse donativos como se fossem para a campanha presidencial de Donald Trump visando as eleições de 2020. Por meio de anúncios, os usuários eram direcionados a um portal de doações online, que dizia que as quantias iriam para o comitê do atual mandatário da terra do Tio Sam. O que, claro, era mentira.
A campanha de Trump disse à CNN, na quarta-feira (29), que a página chamada “DonaldTrumpCampaign” não era afiliada à campanha real e a chamava de “farsa”.
Depois que a CNN entrou em contato com o Facebook para comentar, a empresa removeu a página, dizendo que violava as regras da plataforma sobre representação. As permissões da página para exibir anúncios políticos foram “aplicadas erroneamente“, disse.
O Facebook tem adotado uma estratégia especial para examinar as pessoas que executam anúncios políticos em sua plataforma e garantir que elas estejam no país onde estão anunciando. Nos EUA, essas etapas incluem fornecer à rede social uma cópia de uma identificação emitida pelo governo e um endereço no país. No caso desta página falsa, o endereço dos EUA listado no Facebook pertencia a um supermercado em Los Angeles. Os funcionários que atenderam o telefone disseram não conhecer a página.
Embora o número de telefone listado pelo Facebook como pertencente ao anunciante parecesse um número da Califórnia, quando a CNN ligou para o número, ele foi redirecionado para um serviço de telefone on-line, o que significa que poderia ser operado de qualquer lugar do mundo.
“Esta página viola nossas políticas e não é permitida no Facebook. Removemos a página e sua autorização de anúncio político, que foi aplicada por engano”, disse um porta-voz do Facebook, também à CNN. O PayPal, que estava sendo usado para coletar o dinheiro dado ao site, encerrou a conta logo após ser contatado pela CNN para comentar.
A página gastou cerca de US$ 100 em anúncios no Facebook, que foram vistos mais de mil vezes, de acordo com dados da empresa.
// CanalTech