Segundo especialistas, a rota subterrânea pode revelar a “geografia sagrada” do templo construído em homenagem à serpente emplumada dos maias.
Quase mil anos depois de ter sido construída, a pirâmide de Chichén Itzá, na província mexicana de Yucatã, continua fascinando muitos por ainda ser um objeto indecifrável em muitos aspetos.
Um grupo de cientistas descobriu uma rota que, supostamente, conduz a uma cova subterrânea no templo de Kukulkán, ou seja, ao templo da serpente emplumada dos maias, comunica o site El Universal.
De acordo com os arqueólogos, a cova é um lago subterrâneo que levaria ao templo e que pode revelar a “geografia sagrada” do lugar. A teoria é que existe um sistema de esgotos subterrâneos interligados ao redor da pirâmide nos pontos cardeais.
Trata-se de uma descoberta da equipe do arqueólogo Guillermo de Anda, que utilizou um radar de alta tecnologia para enviar sinais eletromagnéticos e fazer o modelo 3D das estruturas no subsolo ao redor da pirâmide.
Claro que embora se tenha a certeza da existência da passagem, explorações na área encontrada não foram iniciadas ainda. Guillermo de Anda contou ao jornal Milenio que a verificação da existência do poço “mudará totalmente” a visão sobre “os padrões de construção maias”.
Nesse sentido, o especialista da Universidade Estatal da Califórnia, James Brady, indicou que a mudança mais significativa seria que, na visão dos maias, o divino se encontrava no subsolo, explicando, assim, por que as construções subterrâneas eram tão sagradas, já que eram vias de acesso para dentro da terra, ou seja, para a morada dos deuses.
O projeto tem como propósito construir um mapa detalhado da área, assim como obter informação arqueológica, geológica e biológica da zona subterrânea e águas subterrâneas que corresponderiam a mais de 6 mil fontes.
Ciberia // Sputnik News / ZAP