Agora que a vacinação está se tornando realidade, algumas dúvidas sobre o que pode prejudicar a eficácia vêm à tona.
Tanto é que fizemos uma matéria especial tirando todas as dúvidas a respeito da CoronaVac, um dos imunizantes que estão sendo aplicados no país. Na ocasião, o especialista esclareceu, por exemplo, que a vacina pode causar problemas para quem é alérgico, por isso a importância conferir os componentes antes. Mas, recentemente, aconteceu mais uma revelação sobre vacinas: o consumo excessivo de álcool pode prejudicar sua eficácia.
A informação vem de uma pesquisa do Departamento de Ciência e Tecnologia do Conselho Filipino para Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde. “O consumo excessivo de álcool pode afetar a resposta do nosso corpo às vacinas”, aponta o estudo.
O diretor executivo do departamento, Dr. Jaime Montoya, alertou às pessoas que costumam beber com muita frequência que o hábito pode afetar diretamente a eficácia da vacina. “Se você é um bebedor assíduo ou alcoólatra, já tem algum efeito no seu sistema imunológico, precisamente porque você está imunologicamente comprometido, seu corpo pode não responder 100% às vacinas, então temos que monitorá-lo de perto”, declarou o especialista.
Na ocasião, o diretor do departamento também ressaltou a importância de manter um estilo de vida mais saudável para aumentar a imunidade e continuar tomando medicamentos para as doenças existentes, e indicou que talvez sejam necessárias doses de reforço, após o término das duas primeiras doses, dependendo de quanto tempo a proteção da vacina vai durar, algo que por enquanto ninguém sabe responder ao certo.
Álcool e vacina
Especialistas no Reino Unido alertaram recentemente que as pessoas devem evitar o consumo de álcool nos dias antes e depois de receber a vacina COVID-19. “Você precisa ter seu sistema imunológico funcionando perfeitamente para ter uma boa resposta à vacina, então se você beber na noite anterior ou logo depois, isso não vai ajudar”, anunciou Sheena Cruickshank, imunologista da Universidade de Manchester, ao Metro.
Seguindo essa linha, um oficial de saúde russo foi ainda mais longe no mês passado e aconselhou os cidadãos que estavam sendo vacinados com a vacina Sputnik V que deveriam se abster de álcool por dois meses. Porém, o próprio desenvolvedor da vacina, Alexander Gintsburg, comentou depois que esse conselho era muito extremo, e aconselhou a abstenção de álcool três dias após cada injeção, orientação que ele disse se aplicar a todas as vacinas.
Embora o consumo excessivo de álcool seja uma preocupação, os indivíduos não são solicitados a se abster de beber quantidades moderadas ou casuais de álcool antes de serem vacinados. Quem disse isso foi a Dra. Hana El Sahly, professora de virologia molecular e microbiologia e medicina do Baylor College of Medicine e uma das co-presidentes nacionais do ensaio da vacina da Moderna. “O consumo de álcool não foi avaliado como uma variável no grande ensaio clínico de Fase 3. Não esperamos que a ingestão ocasional ou moderada de álcool afete a resposta à vacina. E não estamos pedindo às pessoas que se abstenham de álcool na época da vacinação”, disse em entrevista ao veículo Healthline.
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