A conselheira do presidente dos EUA revelou que foi vítima de abusos sexuais, ao ser questionada pela CNN sobre a polêmica que envolve o juiz candidato ao Supremo Tribunal.
“Sinto muita empatia pelas vítimas de abuso sexual, assédio e estupros. Sou uma vítima de abuso sexual”, assegurou Kellyanne Conway durante entrevista à CNN.
As declarações de Conway surgiram quando foi perguntada sobre o caso pendente contra o juiz Brett Kavanaugh, que foi acusado publicamente por três mulheres da prática de abusos sexuais.
“Não espero que Brett Kavanaugh (…) ou alguém assuma as responsabilidades por abusos sexuais, cada um tem que ser responsável pelo próprio comportamento”, comentou a assessora, que defendeu o juiz indicado para o Supremo por Donald Trump, e elogiou a atitude da Casa Branca e dos senadores republicanos a esse respeito.
Entretanto, na Fox News, a porta-voz presidencial, Sarah Sanders, referiu-se às investigações do FBI que se encontram em curso, sobre as alegações de abuso que caem sobre Kavanaugh, considerando que o caso não pode se converter em uma “expedição de pesca como gostariam os democratas”.
A representante, que qualificou ainda a atitude da oposição a estas acusações como uma “vergonha”, refutou que a Presidência esteja a coartar as averiguações em curso.
Trump ordenou, na sexta-feira (28), que o FBI investigue as alegações contra Kavanaugh, após ter aumentado a pressão para o apuramento dos fatos, apesar de inicialmente ter hesitado em dar esse passo.
As pesquisas, que deverão estar concluídas em uma semana, estão focadas nas “alegações credíveis” de supostos abusos cometidos por Kavanaugh.
Segundo a mídia norte-americana, o FBI já contatou a segunda das supostas vítimas de Kavanaugh, Deborah Ramirez, formada em Direito em Yale, que trabalha em uma organização de apoio a vítimas de violência doméstica, e analisou o caso da primeira, a professora universitária de Standford Christine Blasey Ford.
Kavanaugh devia ser confirmado no Supremo pelo Senado, onde os republicanos tem uma ligeira maioria, necessitando que pelo menos metade da Câmara apoie o candidato.
Ciberia, Lusa // ZAP