Os dados genéticos obtidos de sete humanos que viveram nos últimos 2.500 anos na África do Sul sugerem que o Homo sapiens surgiu há 350 mil anos, muito antes do que se considerava até agora, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira (28) na revista Science.
Cientistas suecos e sul-africanos puderam identificar a sequência genética dos restos de três indivíduos caçadores-coletores que viveram entre 2.300 e 1.800 anos atrás, e de quatro camponeses que viveram entre 500 e 300 anos atrás.
Todos eles viveram na atual província de KwaZulu-Natal, na costa Índica da África do Sul.
Os cientistas concluíram que a transição dos humanos arcaicos ao Homo Sapiens ocorreu entre 350 mil e 260 mil anos atrás, muito antes dos 180.000 anos que se achava até agora com base em restos encontrados no leste da África.
Os autores do estudo, da Universidade de Uppsala (Suécia), da Universidade de Joanesburgo e da Universidade de Witwatersrand (ambas na África do Sul), apoiaram assim a teoria da origem pan-africana do Homo sapiens, com evoluções simultâneas em todo o continente.
De fato, em junho deste ano, fósseis de mais de 300 mil anos achados no Marrocos sugeriram que a evolução do homem arcaico ao Homo sapiens podia ter acontecido muito antes do estabelecido até agora.
Ciberia // EFE